A raça bovina angone está em vias de extinção em Moçambique, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) que aponta a tendência cada vez mais crescente da diminuição do seu efectivo como a razão da conclusão.
Acrescenta a FAO que o comportamento dos principais indicadores reprodutivos e produtivos é o que demonstra que “estamos em presença de um recurso genético que não tem sido objecto de selecção, nem melhoramento, tanto genético como das condições de maneio”.
Sublinha a organização que a evolução do comportamento dos indicadores produtivos e reprodutivos da raça manifesta uma tendência de diminuir, o que evidencia que a população se encontra afectada pela consanguinidade.
Dados ainda da FAO indicam que em Moçambique existia em 1969 muito pouco trabalho de avaliação de raças e que o sector familiar praticamente nenhum trabalho realizou, “situação que ainda não está melhorada até hoje”, aponta aquela agência da família da Organização das Nações Unidas (ONU).
A FAO especifica que um ponto fraco para o seguimento actual da situação de perigo de extinção das raças é que é difícil superar a pouca atenção dedicada diluição causada pelos cruzamentos indiscriminados de raças.
Este problema representa uma ameaça maior diversidade genética, e isso juntado à falta de informação constitui um obstáculo forte para o estabelecimento de medidas efectivas de planificação e hierarquização para os programas de conservação das raças.
Os dados foram apresentados esta quinta-feira, em Maputo, durante um seminário nacional de divulgação dos resultados dos projectos financiados pelo Fundo Nacional de Investigação.
Uma resposta
Na verdade havia uma corrente de veterinarios que defendiam a necessidade de se manter a raça por achar esta adaptada às condições adversas, sobretudo dabTheleriose. Na decada 70 foram introduzidas algumas vaças para melhorar a raça. Trabalho que não avançou, pois, coinscidencia com a vinda do novo Governo no ano 1975.