António Souto, Vice-Presidente do Conselho Administrativo do Banco Terra, que, na passada sexta-feira, inaugurou, na cidade de Nampula, a sua primeira agência fora da capital do país, onde se encontra sedeado há cerca de um mês, afirmou que a sua instituição propõe-se a servir, particularmente, um segmento muito importante da nossa economia, que é o dos agro-negócios, através de um serviço de inexcedível qualidade, proporcionando, consequentemente, oportunidades de crescimento e afirmação aos empresários nacionais empenhados em investimentos mais produtivos no sector agrícola.
Souto recordou o parturejamento do projecto em 2004, inicialmente sob a designação de Banco Norte, com sede em Nampula e metade do actual capital social, e que, ao ser materializado em 2007, viria a chamar-se Banco Terra. Num conceito mais abrangente em virtude da instituição encarnar uma potencial alavanca do desenvolvimento nacional, e, portanto, o seu raio de acção não se confinar à região norte do país, como sugeria a denominação proposta no princípio.
Intervindo na cerimónia, o governador da província regozijou-se com a abertura do primeiro balcão do Banco Terra, realçando a importância da sua aposta no sector agrícola. E depois de saudar o empreendimento, que considera extremamente pioneiro, e de lançar um apelo para a concretização, a breve prazo, do seu propósito de se expandir aos distritos, que o governo moçambicano definiu como pólos de desenvolvimento do país, Tocoli observou que a província de Nampula tem uma população laboriosa e possui acima de quatro milhões de hectares de terra arável, dos quais apenas 17 por cento estão, presentemente, a ser explorados, o que significa que há, ainda, muito espaço disponível.
O governador de Nampula sublinhou que a aposta nos distritos é acertada, desde que prime pela qualidade, que constitui o segredo do sucesso, vincando que o governo provincial estará sempre predisposto a criar o ambiente propício para que instituições financeiras, como Banco Terra e outras interessadas, encontrem espaço para poderem instalar-se e desenvolver, com sucesso, as suas actividades.
De salientar que o Banco Terra é uma iniciativa de raizes nacionais, que associa o conhecimento local e a experiência mundial em financiamento agrário. O seu capital é de dez milhões de dólares norteamericanos, subscrito por um grupo accionista de reconhecida idoneidade: Rabobank, da Holanda (30,7%), Gapi- Sociedade de Investimentos (29,3%), KfW, da Alemanha (20%) e Norfund, da Noruega (20%).