Um cidadão cuja identidade não apurámos, mas que segundo várias fontes é um agente da Polícia de Investigação Criminal (PIC), foi baleado com gravidade ao que tudo indica por um cidadão de ascendência asiática que terá sido abordado pela vítima mortal e outros dois indivíduos numa aparente tentativa de extorsão, ou sequestro, a meio da manhã desta terça-feira (21), na avenida Mao Tsé Tung próximo ao cruzamento com a avenida Kim Il Sung, num dos bairros nobres da capital de Moçambique.
“Eles (os presumíveis raptores) estacionaram um carro (uma viatura ligeira de marca Toyota, com a matrícula ADD 934 MP de cor preta) e fizeram-se passar por agentes da Polícia bloqueando uma outra com a chapa de inscrição é ABG 923 MP (uma viatura de marca Toyota Prado branca). Acho que o senhor que estava nesta viatura se apercebeu de que não se tratava de Policia, mas, sim, de um assalto ou sequestro, e, de repente, ouvi um tiro” relatou uma testemunha ocular que acrescentou ter havido uma troca de tiros, durante mais de dez minutos, entre os presumíveis criminosos e a vítima que também estava armada com uma arma de fogo.
Uma outra testemunha, que se identificou pelo nome José da Costa, afirmou que “ouvi tiros e em seguida vi um homem de origem asiática com uma arma na mão e uma pasta nas costa e a correr”. Era a vítima que depois de disparar alegadamente em legítima defesa abandonou a sua viatura e o local.
O tiroteio intenso aconteceu cerca das 13 horas no bairro da Polana, numa zona residencial muito movimentada por cidadãos e até crianças a pé o que gerou momentos de algum pânico com os cidadãos indefesos a procurarem abrigar-se de eventuais balas perdidas.
Segundo as testemunhas volvido algum tempo agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), devidamente fardados e fazendo-se transportar numa viatura oficial, acorreram ao local mas entretanto os supostos criminosos haviam desaparecido. “Ninguém sabe explicar como é que eles desapareceram”.
Entretanto os agentes da PRM removeram a vítima em estado grave para o Hospital Central de Maputo que havia ficado estatelada numa das faixas da avenida Mao Tsé Tung.
Sobre este caso, o @Verdade contactou o porta-voz da PRM a nível da capital moçambicana para obter esclarecimentos. Orlando Mudumane disse que os colegas ainda estavam no terreno a trabalhar, por isso, não dispunha de matéria para se pronunciar.