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Administrador de Chiúta envolvido no desvio de seiscentos mil meticais

Mais de seiscentos mil meticais desapareceram dos cofres da educação e saúde do distrito de Chiúta, na província de Tete. Em conexão com o caso treze funcionários do estado, incluindo o administrador e a directora de saúde local, estão a ser investigados.

Do valor em referência, 400 mil meticais foram desviados do sector da saúde e um pouco mais de 250 mil meticais, da direcção distrital de educação. O primeiro pertencia ao fundo de manutenção e salários da saúde, já o segundo era de salários de professores. Segundo fontes do Jornal O Planalto, três funcionários do governo distrital local, estão detidos.

Os interceptados são das áreas de administração, recursos humanos e finanças, no governo do distrito que pertence a província de Tete. Aliás, uma boa parte dos mais de 150 professores, de escolas do subúrbio de Manje-sede, vila do distrito de Chiúta, vêm seus ordenados atrasados em um e dois meses e por vezes falhavam sistematicamente as datas de pagamentos dos salários.

De acordo com os funcionários da educação e saúde, presume-se que o administrador de Chiúta, Joaquim António Cherene, agia em vínculo com a gestora de educação e directora de saúde local, Rosinha Fernades.

O administrador Cherene, ofereceu parte do dinheiro e um terreno a directora de saúde do distrito, na qual ela comprou um carro de luxo da marca Vox, de cor branca, e também está a levantar uma pensão.

Para a população do distrito, “não é possível que uma pessoa que veio ontem, hoje já tem terreno e vida boa, de onde saiu este dinheiro?” questionaram, para depois acrescentarem que a responsável de saúde tinha denunciado dias atrás, a seus subordinados que o administrador lhe deu dinheiro e terreno.

Enquanto a gestora de educação mostra-se confiante que nunca vai sair daquele lugar e que pode fazer tudo que lhe apetece que ninguém vai reagir, exemplo disso são os descontos arbitrários que faz e por cima afirma que o dinheiro vai para escola inexistente.

Para o caso desta administradora, as nossas fontes afirmaram ainda que veio uma nota da direcção provincial de educação e cultura, para deixar as pastas mas esta se recusa a ceder o lugar ao novo gestor, que está neste momento a trabalhar juntos. Daí que ninguém no distrito tem duvidas do envolvimento da directora de saúde local e gestora da educação no desvio de fundo dos sectores que dirigem e não só.

Acusam ainda de estas fazer e desfazer das suas, gozando a intimidade que tem com o administrador local. Uma docente, identificada por Ana Maria, nome fictício, disse ao jornal que os salários quando vem, sofrem descontos de oitenta por cento, ou seja, um professor que aufere 12 mil meticais, acabava por receber mil e quinhentos meticais.

A mesma afirmou que quando reclamar com a gestora da educação, o qual não apuramos o nome, esta respondia sem hesitar que “o vosso dinheiro tirei para dar uma escola que não existe”, e questionava “qual é o vosso problema? Podem ir queixar”, explico angustiada.

A tal gestora mostrava uma segurança que os professores e profissionais de saúde não tinham onde pedir ajuda, neste saúde não tinham onde pedir ajuda, neste caso o único local seria no governo distrital.

Joaquim António Cherene, administrador a um ano no distrito de Chiúta, é acusado igualmente de desmandos, usa e abusa o cargo que ostenta. Em conformidade com João Nhaitima, residente de Manja-sede, desde que aquele dirigente entrou no distrito, em Março do ano passado, só tem vindo a usurpar do poder para fazer o que bem entende.

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