Dois caçadores acusados de caça ilegal de elefantes para a extracção de marfim foram presos e apreendidas, em sua posse, cinco armas de fogo, na passada segunda-feira (22), no distrito de Marrupa, na província do Niassa, próximo à Reserva Nacional do Niassa.
Os visados foram capturados quando protagonizavam um ataque nocturno no sul da reserva e estavam munidos de três AK-47 fuzis, duas espingardas de caça calibre 2.375 e munições.
Refira-se que, hás dias, seis cidadãos foram detidos e acusados de prática do mesmo crime na Reserva Nacional do Niassa. Na altura, os visados foram neutralizados na posse de 12 pontas de marfins e duas espingardas.
As recentes detenções foram feitas por uma força de elementos da Sociedade de Conservação da Vida Selvagem (Wildlife Conservation Society-WCS, em língua inglesa) e do Ministério do Turismo, com o apoio de uma força da Polícia moçambicana encarregue de combater os crimes ambientais na concessão de turismo de Luwire.
“A crise da caça ilegal de elefantes no norte de Moçambique é terrível. Estamos perdendo dois elefante por dia para criminosos organizados que estão impactando negativamente na governação e na segurança em toda a região. Este compromisso renovado por parte do governo de Moçambique para enfrentar esta crise, para parar a caça furtiva e limpar as armas de fogo ilegais e munições e o seu uso ilegal, é encorajador”, disse Alastair Nelson, diretor do Programa de Moçambique WCS.
“A parceria entre o Governo, a WCS, a Luwire e outros operadores privados de turismo marcou mais uma vitória na luta contra os caçadores furtivos na maior área protegida do país, com 70 porcento de sua população de elefantes”, anotou Alastair.
Segundo consta no sítio da WCS, duas semanas antes últimas prisões de segunda-feira passada, uma operação semelhante culminou com a captura de seis caçadores de marfim com três armas de fogo e uma dúzia de presas de elefante, no valor de 150.000 dólares.
“Todos os caçadores furtivos estão sob custódia (das autoridades) e enfrentam uma série de acusações, incluindo a participação na caça ilegal, posse ilegal de armas de fogo, posse de marfim e envolvimento no crime organizado”.
A referida operação, coincidiu com a introdução da nova lei de conservação de paquidermes e outras espécies ameaçadas de extinção por estarem na mira de caçadores ilegais. A norma agrava as multas e o tempo prisão para as pessoas que protagonizarem tais actos.