Ana Flávia Azinheira, Anabela Cossa, Deolinda Ngulela, Deolinda Gimo, Filomena Micato, Eliana Ventura, Isabel Mavamba, Ilda Chambe, Rute Muianga, Leia Dongue, Valerdina Manhonga e Odélia Mafanela foram as primeiras moçambicanas a disputarem um Campeonato do Mundo de Basquetebol. Este sábado(27) a selecção de Moçambique estreou-se no Mundial que decorre na Turquia marcando 54 pontos ao Canadá. Não foram suficientes para vencer mas mostraram que as nossas “Samurais” estão determinadas em continuar a fazer história e ultrapassar a média de 45 pontos marcados pelas selecções africanas em torneios anteriores.
Anabela Cossa marcou os dois primeiros pontos de Moçambique num Mundial, antes as canadianas tinham marcado primeiro e feito cinco pontos. Depois a nossa capitã puxou dos galões e atirou uma bomba, a primeira de x no, empatando o jogo.
Anabela voltou a marcar, fazendo cambalhota no placar e Deolinda Ngulela atirou outra bomba alargando a vantagem.
Rute Muianga começou a aquecer a sua mão e disparou outra bomba, fazendo a maior vantagem que Moçambique conseguiu ao longo de todo o jogo.
A selecionadora canadiana perdiu um desconto de tempo e mexeu no seu cinco inicial, lançou M.Langlois para quadra que com reduziu com um triplo.
Leia Dongue marcou os seus primeiros dois pontos. O Canada marcou dois. Leia voltou a marcar dois e depois converteu um lance livre.
Mas as canadianas apertaram na defesa, usavam a altura para bloquear os ataques das “samurais”, e M. Ploufee com um triplo reduziu a desvantagem para dois pontos.
Nazir Salé pediu um desconto de tempo mas o Canadá deu a volta ao placar e saiu a vencer o 1º período por 18-22.
Da linha de lances livres Deolinda Gimo marcou o primeiro ponto do 2º período, que começou com ataques desperdiçados pelas duas selecções, e uma bomba de Rute empatou o jogo.
Rute Muianga converteu o seu terceiro triplo seguido e Moçambique voltou a liderar o placar.
Mas as nossas meninas não conseguiam por o seu jogo interior a funcionar e as canadianas encontravam espaço por baixo da nossa tabela e voltaram para a frente do marcador chegando a seis pontos de vantagem.
Valerdina Manhonga reduziu com uma bomba e Filomena Micato, da linha de lances livres reduziu para um ponto a desvantagem.
Mas o Canada conseguiu marcar mais dois pontos e saiu para o intervalo a vencer por 32-35.
O 3º período começou com um triplo do Canada e com as “samurais” a continuarem perdulárias no ataque, particularmente nos lançamentos de dois pontos.
Deolinda somou mais dois pontos da linha de lances livres e Anabela voltou acertar uma bomba.
Mas o Canadá voltou abrir vantagem que chegou a nove pontos.
Rute Muianga reduziu com outro triplo mas o jogo interior canadiano somava pontos e com uma bomba M.Langlois abriu uma vantagem de 13 pontos.
Mas antes do período terminar Anabela Cossa encestou dois pontos e reduziu a diferença para 42-53.
Leia Dongue abriu o placar no 4º período mas as canadianas também marcaram e alargaram a vantagem para 14 pontos.
Deolinda somou mais dois para as “samurais” que a cinco pontos do final chegavam as 46 pontos, ultrapassando a fasquia que Nazir Salé assumiu como o compromisso da nossa selecção neste Campeonato Mundial “fazer mais do que a média de 45 pontos, por jogo, que as selecções africanas marcaram nos Mundiais anteriores”.
Canadianas converteram mais dois cestos e Rute Muianga marcou o seu único cesto de dois pontos, os restantes 4 cestos foram para lá da linha dos 3,25 metros. Rute foi a melhor marcadora das “samurais”.
O Canadá controlava o jogo e aproveitava as falhas defensivas da nossa selecção que continuava perdulária nos lances de dois pontos, em todo jogo a nossa selecção marcou apenas 9 dos 22 lançamentos de dois pontos que fez.
Leia Dongue e Deolinda Ngulela encestaram duas bombas e reduziram para 9 pontos a desvantagem. O resultado final foi sentenciado com um triplo por C.Pilypaitis.
As nossas meninas voltam a quadra neste domingo as 13 horas defrontando a selecção da França. Na terça-feira (30) Moçambique, que está inserido no grupo B, joga contra a Turquia.