Os encargos da dívida pública moçambicana absorveram em termos acumulados cerca de 3,3 biliões de meticais, o correspondente a 54,8% da dotação anual de seis mil milhões de meticais, significando que os mesmos ficam com valor maior em relação ao que fica com o Estado, apurou-se junto do Ministério das Finanças.
O valor contraído foi gasto, particularmente, no pagamento de pensões, num montante acumulado de 879,9 milhões de meticais, segundo a mesma instituição, acrescentando que em termos acumulados, de Janeiro a Agosto, as transferências correntes absorveram 11.996,1 milhões de meticais, ou seja, 66% do programa anual, tendo as pensões absorvido 6.426,9 milhões de meticais, o correspondente a 75,2% da dotação anual.
De referir, entretanto, que no mesmo mês de Agosto de 2014 a arrecadação de receitas do Estado foi no valor de 10,5 biliões de meticais, o equivalente a 95% da meta mensal.
Refira-se, entretanto, que para o apoio directo ao Orçamento do Estado no mês de Agosto último, os Parceiros de Apoio Programático (PAPs) desembolsaram cerca de 438,7 milhões de meticais, o correspondente a 181,7% da meta mensal.
No mesmo período foram colectados 21 milhões de meticais, ou seja, 0,2% da previsão mensal de contravalores resultantes dos acordos de retrocessão. Relativamente à ajuda alimentar não foi contabilizado nenhum valor enviado a Moçambique no período em análise, realça o Ministério das Finanças.
De lembrar que alguns países do G-19 (grupo de países maiores contribuintes do Orçamento do Estado) anunciaram a retirada do seu apoio a Moçambique, evocando várias razões, sendo a principal a prevalência de altos índices de corrupção nas instituições do Estado.