José Forjaz é céptico em relação à consciência ambientalista dos moçambicanos. Para si, na prática, ela não existe. Também reprova a ideia prevalecente – até no seio das (nossas) administrações políticas – segundo a qual a modernidade de uma cidade tem a ver com a edificação de prédios muito altos. O reputado arquitecto tem ideias claras sobre uma urbe moderna: “É aquela em que se garante a manutenção da dignidade humana”. Entre um misto de atropelos ambientais, que nesta urbe se cometem, em relação aos espaços verdes, Forjaz lamenta o que chama “especulação do solo urbano cujo objectivo primário, único e último é render muito dinheiro em pouco tempo”. A par disso – e os efeitos do chamado aquecimento global já se manifestam – esta personalidade moçambicana vê a criação contínua e desenfreada de uma dívida onerosa para as gerações futuras. Com a intenção de explorar os seus conhecimentos sobre os tópicos aqui arrolados, há dias, visitámos-lhe na sua casa, onde mais ouvimos do que falámos.
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