Israel disse que uma bomba foi disparada por um morteiro da Faixa de Gaza, esta terça-feira (16), no primeiro ataque desde o fim da guerra de sete semanas, a 26 de Agosto, mas o Hamas disse que os palestinos estão comprometidos com a trégua.
Não houve mortos, feridos ou danos reportados em decorrência do incidente, afirmou uma porta-voz do Exército de Israel depois de as autoridades terem localizado os restos de uma cápsula perto de uma vila próxima à fronteira com Gaza.
Nenhuma facção armada de Gaza reivindicou imediatamente a autoria do ataque. Tanto Israel quanto os palestinos estão à beira de uma possível retomada da violência depois da guerra inconclusiva que matou mais de 2.100 palestinos, a maioria deles civis, e também 64 soldados israelitas e cinco civis em Israel.
Israel disse que não vai tolerar nem uma “faísca” das bombas de escala pequena dos palestinos – uma promessa que, se for seguida de retaliação militar, poderia agora representar um risco de uma nova escalada na violência.
O Hamas, principal facção islâmica em Gaza, minimizou o relato dos israelitas sobre o ataque e diz que os palestinos não estão a desafiar o acordo de cessar fogo que foi mediado pelo Egito.
“Não há sinal de que uma bomba tenha sido disparada de Gaza e as facções palestinas estão comprometidas a manter o acordo pela tranquilidade, e estamos dispostos a manté-lo”, disse o porta-voz Sami Abu Zuhri. O Hamas já teve dificuldades para controlar grupos menores alinhados à al-Qaeda em Gaza que operam desafiando a sua autoridade.