Israel voltou a bombardear as construções mais altas da Faixa de Gaza, esta terça-feira (26), derrubando um prédio de apartamentos e escritórios com 13 andares e destruindo a maior parte de um edifício residencial de 16 andares, depois de ter alertado os moradores a deixarem o local.
Os militares israelitas recusaram-se a comentar especificamente sobre os ataques que derrubaram a Torre Basha e danificaram o chamado Complexo Italiano, dizendo apenas ter atacado 15 “locais de terrorismo”, incluindo alguns em prédios que abrigavam centros de controle e comando do Hamas.
O Hamas, grupo militante que domina a Faixa de Gaza, acusou Israel de um “acto sem precedentes de vingança contra civis”, com o objectivo de dissuadir os palestinos de apoiar o movimento islamista.
Um representante do Hamas, Osama Hamdan, disse que o Egito propôs um novo cessar-fogo e aguarda a resposta de Israel, depois da derrocada de uma trégua de cinco dias e o insucesso das negociações indirectas entre israelitas e palestinos no Cairo há uma semana.
Preso a uma guerra que já dura sete semanas e prometendo interromper o lançamento de foguetes a partir do enclave, Israel começou a atacar os três edifícios mais altos de Gaza no sábado, quando derrubou a torre Al Zafer, de 13 andares.
Nenhuma morte foi registada nesses ataques, que foram precedidos por mísseis não-explosivos de alerta que forçaram os moradores a fugir. Vinte pessoas ficaram feridas no ataque ao prédio Complexo Italiano, e duas outras morreram em ataques israelitas a outras localidades da Faixa de Gaza, disseram as autoridades médicas.
Foguetes palestinos danificaram uma casa na cidade costeira de Ashkelon, no sul de Israel, ferindo levemente 10 pessoas, disse a polícia. Outro foguete foi interceptado sobre a região de Tel Aviv, afirmou uma porta-voz do Exército.