Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:
Jornalismo que só cobre pré-campanha do candidato da Frelimo
Desde que iniciou a campanha eleitoral fora do tempo previsto para o efeito, temos assistido a um jornalismo mau e desonesto, que não se compadece com certos princípios da área. Anda por aí na praça uma certa imprensa que está interessada em fazer a cobertura do períplo do candidato da Frelimo pelo território moçambicano e por alguns países do mundo. Os nossos leitores consideram esta situação uma tremenda xiconhoquice, alegadamente porque determinados assuntos que interessam ao povo, tais como a violação sexual, os acidentes de viação, os assaltos a residências, os assassinatos que tendem a ser um problema comum no país são pouco desenvolvidos. Este problema é visível nos órgãos de informação que funcionam com base em fundos provenientes dos impostos de cidadãos filhos desta pátria. Haja ordem e honestidade nas vossas acções, parem com estas xiconhoquices e dêem-nos informação diversificada, que não seja só constituída por pré-campanha.
Atletas do atletismo nos Jogos da Commonwealth sem treinador
Nas diferentes modalidades desportivas deste Moçambique há coisas que acontecem de uma maneira muito difícil de perceber. Depois de há dias termos ficado a saber que as duas duplas que formam a selecção nacional de voleibol na categoria de sub-21, feminina e masculina, não poderiam disputar, entre os dias 22 e 27 de Julho passado, no Chipre, o Campeonato Mundial de Voleibol daquele escalão, por causa da suposta falta de fundos para o efeito, esta semana somos colhidos por uma outra xiconhoquice que dá conta de que os compatriotas que lutam para desenvolver o atletismo foram aos Jogos da Commonwealth sem os seus treinadores. É a primeira vez que isto acontece. E para contornar a falta que os seus técnicos iriam fazer no certame, inventaram-se trinos através do Facebook. Não queremos negar que o mundo evoluiu de tal sorte que este tipo de coisas seja possível, mas é preciso haver respeito para com o desporto, sobretudo com aquelas modalidades cujos atletas ganham medalhas. É o nome do país que está em jogo…
Adeptos violentos do Costa do Sol
Depois de um empate a uma bola, entre as formações do Costa do Sol e da Liga Desportiva de Maputo, seguiu-se um momento de arruaça que culminou com a agressão a Sérgio Faife, trinador desta última equipa. Atitudes como estas protagonizadas pelos adeptos do Costa do Sol são deveras condenáveis e abomináveis e não passam de uma xiconhoquice que deve ser veementemente repelida dos nossos campos. Durante o jogo contestou-se o trabalho do árbitro alegadamente porque estava a fazer vista grossa em relação a alguns lances em benefício dos pupilos da Liga Desportiva de Maputo. A ser verdade, nada justifica arremessar pedras para o interior do rectângulo de jogo nem ameaçar acertar as contas com o árbitro. Há instituições próprias e competentes para ajuizar situações anómalas para um dado jogo ser considerado claro e justo. E de forma nenhuma essas entidades devem ser substituídas por gente que se dirige aos campos de futebol para perpetrar uma vergonha como a que fomos obrigados a assistir no domingo passado. O lugar dos adeptos avassalados pela fúria é nas sua casas. Não queremos este tipo de xiconhoquices.