A greve que durou um mês do sector da engenharia e dos metais chegou ao fim, com a assinatura na segunda-feira de um acordo entre o patronato e o Sindicato dos Trabalhadores do Ramo dos Metais (Numsa, sigla em inglês). O acordo válido por três anos, estipula um aumento salarial na ordem dos 10%, a ser implementado a partir deste ano.
O secretário-geral do Numsa, Irvin Jim, anunciou em conferência de imprensa que a greve iniciada no dia 1 de Julho chegou ao fim e apelou aos seus seguidores para se apresentarem ao trabalho já na terça-feira. “A oferta patronal foi bem recebida e aclamada pelos nossos membros. Estamos felizes por informar ao público e ao país qua a última oferta patronal é produto do suor e da luta dos nossos grevistas. É produto de quatro semanas de luta contra a opressão salarial do regime do apartheid no sector da engenharia e do metal,” afirmou Jim.
Minutos depois do anúncio do Numsa, o Sindicato Solidariedade, o minoritário no ramo da engenharia e dos metais, que não participou da greve, veio a público anunciar que também aceitaria a oferta patronal.
O acordo de aumento salarial válido por três anos, compreende um aumento salarial de 8% a 10% no primeiro ano; 7.5% a 10% no segundo ano; e 7% a 10% no terceiro ano, defendeu o Sindicato Solidariedade.
“O acordo estipula que a luz da secção 37 dos regulamentos da Indústria da Engenharia e dos Metais este não será alterado e, que cria uma provisão do cumprimento do acordo existente nesta indústria,”lê-se do comunicado da Solidariedade.
Este acordo alcançado poderá não beneficiar a todos os trabalhadores do ramo visto que algumas companhias vieram a público afirmar que não possuíam capital suficiente para a implementação dos aumentos salariais.
“A não implementação significará a violação deste acordo por parte do patronato. No caso de existência de companhias que não poderão conseguir implementar os aumentos salariais, eles devem submeter pedidos de excepção e em seguida publicarem os seus livros de receitas,” defendeu Irvin Jim. De momento, o Numsa aguarda pela celeridade na promulgação e extensão do acordo em todo sector da engenharia e dos metais, por parte do Ministro sul-africano do Trabalho.