A temporada de caça às baleias começou nesta terça-feira na Islândia, em meio a críticas das associações ecologistas contra o forte aumento de cotas para este ano. “Esperamos capturar a primeira baleia Minke ainda hoje”, declarou à AFP Gudmundur Haraldsson, um dos pescadores do baleeiro Johanna AR, que deixou o porto de Reykjavik nesta terça-feira pela manhã.
A Islândia reiniciou a caça às baleias em 2006, após 16 anos de moratória. A cota de cetáceos foi elevada este ano para 100 baleias Minke e 150 rorquais, contra 40 baleias Minke e nove rorquais no ano passado. Em fevereiro deste ano, sete países, entre eles os Estados Unidos, a França, a Alemanha e o Reino Unido, protestaram, em vão, contra a decisão de elevar as cotas, tomada pelo governo do ex-primeiro-ministro Geir Haarde e confirmada pela atual coalizão de esquerda no poder.
Nesta terça-feira, o Fundo Internacional para a Proteção dos Animais (IFAW), uma ONG britânica, conclamou a Islândia a anular a temporada de caça. A organização Greenpeace pediu ao governo islandês que volte atrás na decisão do governo anterior. “O governo islandês adormeceu na questão da caça às baleias”, denunciou a ONG ecologista em comunicado.
“Os primeiros lotes de carne estarão disponíveis neste fim de semana”, entusiasmou-se Gunnar Bergmann Jonsson, diretor da associação dos baleeiros. Metade da carne será destinada ao mercado local, e a outra metade será exportada para o Japão.
A caça aos rorquais deve começar mais tarde. Abalada por uma grave crise econômica, a Islândia é o único país, junto com a Noruega, a praticar a caça comercial às baleias. O
Japão a pratica oficialmente com fins científicos, mas também vende a carne.