A estratégia de migração da radiodifusão analógica para digital está longe da sua materialização. Volvidos mais de três meses desde o início da sua divulgação, a Comissão Nacional para a Migração Digital (COMID) reconheceu o atraso da implementação. A preocupação foi manifestada na semana finda, em Nampula, por Luís Loforte, membro da COMID, no decurso do Seminário Regional de Divulgação do Processo de Migração Analógica para Digital.
“O nosso país ainda está muito distante de satisfazer os prazos estabelecidos a nível internacional, 17 de Junho de 2015, sobretudo nas redes televisivas. Para a rádio, ainda não há prazo estabelecido, mas estamos a trabalhar contra o tempo”, precisou Loforte.
Dentre vários objectivos, a migração analógica para o digital pretende oferecer às famílias maior libertação do espectro, qualidade de imagem e som, desenvolvimento de serviços de valor acrescentado, recepção através de equipamentos portáteis e moveis, e maior robustez. Para os televisores actualmente em uso pelas famílias, o acesso aos serviços que a digitalização trará, será feita mediante o uso do conversor, cujo custo final será de 1.800 meticais. Todavia, espera-se que, até à data limite do processo de migração, cerca de 1.200.000 famílias moçambicanas adiram aos serviços.
Refira-se que o processo de migração analógica para digital estará a cargo da empresa StartTimes Software Technolgy, uma companhia vocacionada em rede de comunicação. O processo está orçado em cerca de 223 milhões de dólares norte-americanos.