O regime militar birmanês encerrou oficialmente nesta terça-feira quase seis anos de prisão domiciliar da Prêmio Nobel da Paz e líder da oposição, Aung San Suu Kyi, mas a “Dama de Yangun” permanecerá detida pela invasão de um americano a sua residência.
Nyan Win, porta-voz da Liga Nacional para a Democracia (LND), partido de Suu Kyi, informou que um comandante da polícia entregou durante a manhã à líder da oposição à junta militar uma carta de notificação do fim das restrições vinculadas à prisão domiciliar, que cumpria desde 2003 e chegaria ao fim na quarta-feira.
“O general de polícia Myint Thein veio à penitenciária e leu uma ordem que anulava a prisão domiciliar, com data de hoje”, afirmou Win à imprensa, antes de acrescentar que Aung San Suu Kyi recebeu uma cópia do texto. Suu Kyi está sendo julgada desde 18 de maio na penitenciária Insein, norte de Yangun, e pode ser condenada a cinco anos de prisão.
O regime militar a acusa de ter violado as restrições da prisão domiciliar por ter recebido em casa, no início de maio, um americano. Suu Kyi passou mais de 13 dos últimos 19 anos privada da liberdade.