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Ucrânia ameaça retomar territórios dos rebeldes inflexíveis

As forças do governo da Ucrânia alertaram, esta quarta-feira (9), os separatistas da cidade de Donetsk, no leste do país, de que um plano está em andamento para retomar o território que ocupam, mas os rebeldes adoptaram um tom desafiador e relataram um fluxo constante de novos recrutas prontos para a luta.

Os militares ucranianos expulsaram os rebeldes do seu bastião mais bem fortificado na cidade de Slaviansk no sábado, mas estes reagruparam-se para lhes fazer frente em Donetsk.

Os rebeldes ainda controlam edifícios estratégicos em Luhansk, perto da fronteira com a Rússia. Na terça-feira, os separatistas declararam que Igor Strelkov, um militar russo de Moscovo que até o final de semana liderava os insurgentes em Slaviansk, assumiu o comando da “defesa de Donetsk”.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, descartou o uso de ataques aéreos e de artilharia, que podem ameaçar civis, e disse na noite de terça-feira: “Não haverá combates de rua em Donetsk”. Mas o governo afirma ter um plano para retomar Donetsk e Luhansk e causar uma “surpresa terrível” aos rebeldes.

O porta-voz dos militares, Andriy Lysenko, detalhou a ameaça nesta quarta-feira, dizendo: “Há um plano para liberar territórios ucranianos dos terroristas, e não depende do preparo ou despreparo de Strelkov e seus lacaios para defenderem-se”.

Mas os separatistas a cargo de um centro de ‘mobilização’ para a auto-proclamada ‘república do povo’ afirmaram que o recrutamento de novos combatentes anda a passos largos desde que Strelkov conclamou mais recrutas nesta quarta-feira.

Cerca de 300 voluntários se apresentaram desde a terça-feira, muito mais que a média diária de 25 a 30 pessoas, afirmaram separatistas no centro. A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, falaram por telefone com Poroshenko nesta quarta-feira com o objectivo de reiniciar as conversas com os rebeldes a respeito de um cessar-fogo, informou o porta-voz de Merkel.

Mas centenas de insurgentes estão montando barricadas e cavando trincheiras nos arredores de Donetsk desde que chegaram de Slaviansk e de áreas vizinhas retomadas pelo governo.

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