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Ilha de Moçambique será sede do Centro de Gestão dos PALOPs

A vila municipal da Ilha de Moçambique, distrito da província nortenha de Nampula, será a sede do Centro de Gestão do Património Cultural da Humanidade nos Países Africanos da Língua Portuguesa (PALOP).

O facto foi revelado pelo ministro moçambicano da Cultura, Armando Artur, no seminário internacional de formação de especialistas dos PALOP em matérias de prevenção de riscos, que teve lugar na Ilha de Moçambique nos princípios deste mês. Artur explicou ainda que a criação daquele organismo continental visa acelerar os mecanismos de coordenação para a implementação de acções para a restauração do património tangível e intangível existente não só naquele ponto, como em outros da África.

O governante apelou para uma cooperação com vista ao aprofundamento dos termos de referência para a criação do referido centro. A criação do centro dos PALOP envolve os respectivos governos e, recentemente, o Brasil, através do Centro ?Lúcio Costa?, do Ministério da Cultura daquele país, uma instituição de renome no contexto da promoção e valorização da cultura. ?Mesmo assim, o Governo considera necessária a inscrição de mais bens na lista do património mundial da UNESCO.

A Ilha do Ibo, na província de Cabo Delgado (norte), foi eleita para o efeito, no contexto do arquipélago das Quirimbas?, disse o ministro, citado pelo jornal ?Notícias’. Artur sublinhou que para este objectivo o executivo conta com o esforço dos parceiros de cooperação, sobretudo do Fundo Mundial para o Património Africano.

Acções estão sendo desenvolvidas ao nível da Direcção Nacional da Cultura, visando a elaboração do expediente e consequente canalização à Agência das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (UNESCO) para o reconhecimento de Ibo como património mundial. Prevê-se que se esperem cerca de dois anos para que a UNESCO faça o reconhecimento daquela parcela insular de Cabo Delgado.

A Ilha de Moçambique, reconhecida pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade desde 1991, conta com um plano de gestão e conservação aprovado há quatro anos para garantir a implementação das directrizes do Centro do Património Cultural Mundial da UNESCO, tendentes a prevenir a degradação do seu espólio.

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