O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse, esta terça-feira (1), que as forças do governo vão retomar a ofensiva contra os rebeldes pró-Rússia e “libertar nossas terras”, horas depois do fim de uma trégua estabelecida para abrir caminho para negociações de paz com os rebeldes.
Pouco depois de uma conversa por telefone entre Poroshenko, o presidente russo, Vladimir Putin, e os líderes da Alemanha e da França, o líder ucraniano culpou os rebeldes por não conseguirem manter a trégua ou seguir um plano de paz que ele havia esboçado.
“Vamos atacar e libertar as nossas terras. A decisão de não continuar com o cessar-fogo é a nossa resposta aos terroristas, militantes e saqueadores”, disse ele num pronunciamento televisivo.
“A única chance de implementar o plano de paz não foi aproveitada. Isso aconteceu por causa das ações criminosas dos militantes. Eles declararam publicamente a sua falta de vontade para apoiar o plano de paz como um todo e em particular o cessar-fogo.”
O Ministério das Relações Exteriores afirmou, esta segunda-feira, que 27 soldados ucranianos foram mortos desde o início do cessar-fogo, a 20 de Junho. A trégua acabou às 22h.
Antes do seu anúncio, Poroshenko reuniu-se com os chefes de segurança, alguns dos quais posicionaram-se contra uma ampliação do cessar-fogo por causa das perdas militares e temores de que os rebeldes estavam a usar isso como uma oportunidade para reagrupar-se e rearmar.