Dos 74.302 habitantes do posto administrativo de Bajone, no distrito de Mocuba, na província da Zambézia, cerca de 60 mil pessoas consomem água imprópria devido à insuficiência de fontanários.
Segundo Tija Aiuba, chefe daquela circunscrição administrativa, por sinal nova no mapa geográfico moçambicano, existem apenas 30 torneiras para o abastecimento público do precioso líquido, um número obviamente insignificante para a população. Esta recorre a poços tradicionais e aos rios, mas não dispõe de cloro para o tratamento da água com vista a evitar problemas de saúde.
A nossa entrevistada indicou que nas localidades Namoeira, Nacuale, Brava e Nacude a situação é, deveras, grave. Determinadas crianças chegam tarde à escola porque primeiro devem procurar água. Para aliviar o sofrimento das população, existe um plano de abertura de 100 novos fontanários mas as autoridades locais não dispõe de fundos para o efeito.
Contudo, este ano pelo menos cinco furos serão abertos em Bajone. De referir que o problema é preocupante sobretudo na zona suburbana em Mocuba, onde há falta de poços artesianos. Por isso, a população tem recorrido ao rio Licungo, onde várias famílias – que consideram a situação um drama comum devido à falta de soluções – lavam roupa e tomam banho.