Quarenta trabalhadores indianos do sector da construção foram sequestrados na cidade iraquiana de Mosul, que está nas mãos de militantes sunitas, mas nenhum pedido de resgate foi recebido e o seu paradeiro é desconhecido, disse o Ministério de Relações Exteriores da Índia, esta quarta-feira (18).
O porta-voz Syed Akbaruddin afirmou que o governo não sabe quem está por trás do sequestro. A maioria dos reféns é do Estado de Punjab, norte da Índia, e estava a trabalhar para uma companhia com sede em Bagdad chamada Tariq Noor Al Huda.
“O Crescente Vermelho confirmou-nos, pelas informações que possuem, que 40 trabalhadores indianos de construção foram sequestrados”, disse Akbaruddin à imprensa, referindo-se à entidade humanitária.
Ele afirmou que cerca de 100 trabalhadores indianos viviam nas áreas dominadas pelo grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), mas que a Índia mantém contacto com muitos deles, incluindo 46 enfermeiras.
A Índia despachou um representante a Bagdad para apoiar os esforços de repatriação. As enfermeiras estão alocadas em Tikrit, que está sob controle militar, e muitos deles vivem no hospital onde trabalham.
As enfermeiras que falaram com a imprensa indiana disseram estar a tratar de pessoas feridas em combates violentos. O Crescente Vermelho contactou as enfermeiras indianas e está a fornecer assistência, disse Akbaruddin.
Os combatentes do EIIL, que buscam estabelecer um califado —Estado Islâmico— numa ampla região na Síria e Iraque, lançou a sua revolta ao conquistar o controle de Mosul, e avançou para o vale do rio Tigre em direcção a Bagdad.