A Turquia está a negociar a libertação de 80 cidadãos seus feitos reféns por militantes islâmicos no Iraque e confirmou que eles estão ilesos, afirmou o ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, esta quinta-feira (12).
Os Insurgentes sunitas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isil, na sigla em inglês), um grupo dissidente da Al Qaeda, sequestrou os turcos, entre eles soldados das forças especiais, diplomatas e crianças, na cidade de Mossul nos dois últimos dias.
Eles levaram 49 pessoas do grupo, incluindo o cônsul-geral da Turquia, do consulado turco na quarta-feira. Os militantes ainda detêm em separado 31 camionistas turcos raptados um dia antes, quando entregavam diesel. “Este é um processo delicado, e temos uma fase muito crítica e dinâmica pela frente”, disse Davutoglu num comunicado à media, recusando-se a responder perguntas.
“Em comparação a ontem (quarta-feira), estão numa situação mais segura… estamos a fazer o nosso melhor para obter notícias positivas assim que for possível”, declarou. “Os reféns não foram feridos”, acrescentou.
O Ministério turco das Relações Exteriores desaconselhou viagens dos seus cidadãos ao Iraque e pediu aos que se encontram lá para partirem, aconselhando-os sobre rotas que os levem para fora do país.
A Turquia tem laços comerciais e políticos profundos com a área ao norte de Mossul, controlada pelos curdos, que até agora não foi alvo do Isil. Os negócios turcos também continuam activos noutras partes do norte iraquiano.
Na manhã desta quinta-feira, o ministro da Justiça, Bekir Bozdag, afirmou que o governo turco não está a estudar nenhuma nova autorização para uma operação militar na fronteira para adentrar o Iraque depois da captura dos 80 cidadãos.