Em Moçambique existem apenas 40 bibliotecas públicas para cerca de seis milhões de estudantes, um número bastante insignificante para satisfazer às necessidades de leitura e aprendizagem, bem como de pesquisa, o que afecta negativamente o processo de instrução nos diferentes níveis, revelou Jorge Jairoce, docente da Universidade Eduardo Mondlane (UEM).
O pedagogo dissertava na última sexta-feira (30) em Maputo sobre o tema “bibliotecas públicas, memórias e educação”, tendo realçado que, aliado ao problema por ele apresentado, o acervo bibliográfico moçambicano está desactualizado, há fraca ou quase inexistente expansão das bibliotecas pelo país, não há informatização do mesmo acervo e os funcionários não estão formados sobre as actividades que desempenham.
Jorge Jairoce disse, também, que há fraca pesquisa da área e o atendimento nas bibliotecas é deficiente; por isso, urge introduzir reformas com vista a transformar a biblioteca num meio de promoção do conhecimento e desenvolvimento do espirito de cidadania. As bibliotecas devem ir ao encontro dos alunos, deve incluir-se a componente cultural e o Governo deve evitarecursos humanos desqualificados.