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Filho do comandante da PRM em Angoche acusado de assassinar a namorada

O filho do comandante da Polícia da República de Moçambique (PRM) no distrito de Angoche, na província de Nampula, é indiciado de matar, premeditadamente, com recurso à agressão física, uma cidadã que em vida respondia pelo nome de Fátima José das Neves, de 38 anos de idade, com a qual mantinha uma relação amorosa, há dois anos.

A vítima vivia no bairro de Pule e encontrou a morte na madrugada da sexta-feira passada (23), na sua própria residência. Os familiares da finada contaram que Pedro Pachuela passou a ferro o cadáver de Fátima Neves.

Ainda são desconhecidas as razões que levaram aquele cidadão a cometer um crime dessa natureza. Contudo, supõe-se que ele agiu dessa forma brutal por motivos passionais uma vez que a namorada recusa viver maritalmente com ele.

Alberto Cardoso, um dos parentes de Fátima Neves, narrou que Pedro Pachuela envolveu-se, primeiro, numa briga com a sua consorte, a altas horas da noite, a qual culminou a desgraça. Alega-se que o único irmão com quem a malograda vivia não se apercebeu da contenda, nem achou estranho o facto de a vítima não ter saído do seu quarto no sábado. Já no domingo, o cidadão introduziu-se no quarto da sua irmã, tendo constatado que ela estava morta, com sinais de escoriações.

Alberto Cardoso, um dos parentes da malograda, assegurou ao @Verdade que, desde que o Pedro Pachuela foi desmobilizado do Serviço Militar Obrigatório, manifestou interesse – e algumas vezes tentou recorrer à força – de viver com Fátima Neves, mas esta sempre recusou a proposta. Em algum momento ele fazia ameaças mas nunca foi levado a sério.

Entretanto, enquanto o corpo da vítima, que deixa um filho de 18 anos de idade, estava na morgue do Hospital Central de Nampula (HCN) para a realização da autópsia, Pedro Pachuela enforcou-se. Sobre este caso, não foi possível ouvir a família do visado.

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