A P r i m e i r a – M i n i s t r a moçambicana, Luísa Diogo, reiterou hoje que as autarquias locais são efectivamente um meio para a materialização dos objectivos do governo no combate à pobreza.
A governante moçambicana, que falava na abertura do I Fórum Empresarial do Município da Matola, província de Maputo, considerou ainda que as autarquias locais representam o aprofundamento e consolidação do processo da democratização da sociedade moçambicana. O processo de autorização em Moçambique teve o seu início em 1998 com a realização das primeiras eleições autárquicas, acto que também marcou o arranque do processo de descentralização do sistema de governação no país.
“O nosso objectivo é garantir aos membros das comunidades locais as condições necessárias para a tomada de decisões no plano de desenvolvimento económico, social e cultural a nível local, visando a satisfação das necessidades específicas das nossas comunidades residentes em territórios municipais”, vincou a Primeira-Ministra, enaltecendo de seguida a iniciativa do conselho municipal da Matola na organização deste I Fórum Empresarial.
O Primeiro Fórum Empresarial do Município da Matola é uma iniciativa do Conselho Municipal local que tem como objectivo promover um ambiente favorável ao desenvolvimento de negócios. Para Luísa Diogo, esta ‘e uma plataforma de debate de estratégias de desenvolvimento empresarial e atracção de investimentos, que se espera que seja permanente nos municípios do país. “Iniciativas como esta, devem servir de exemplo nos outros municípios do Pais, por forma a valorizar os imensos recursos naturais de que o Pais dispõe”, disse a primeira Ministra.
Segundo ela, esses recursos, ainda por explorar, são uma riqueza potencial do município que devem ser transformados em oportunidades de negócios, principalmente nos sectores de agroindústria, infra-estruturas, energia, turismo e imobiliário, entre outros. “Este fórum contribui para a consolidação da parceria entre o sector público e o sector privado, na busca de estratégias para quebrara o ciclo de dependência e da pobreza no nosso Pais. Estes esforços promovem o crescimento da riqueza nacional e do empresariado nacional”, disse Luísa Diogo.
Na sua óptica, o fórum constitui um importante marco na vida empresarial do município da Matola, na medida em que abre espaço para uma maior interacção entre a classe empresarial, o Governo Provincial de Maputo e o Conselho Municipal. A iniciativa, segundo ela, permitirá igualmente colmatar a inexistência de um fórum para a troca de informação, experiências e a disseminação das oportunidades de negócios e de investimentos para o empresariado nacional e estrangeiro, na Matola.
Na ocasião, a Primeira-ministra recordou que este fórum realiza-se numa altura em que o mundo se depara com a crise financeira internacional. A propósito, Luísa Diogo assegurou que o governo está atento a crise e adoptou medidas para evitar rupturas no sistema financeiro nacional, que se mantêm estável. “Reafirmamos a nossa politica de manter um contacto permanente com os nossos parceiros internacionais e financeiros do nosso país. A nossa responsabilidade como governo, é criar mecanismos que respondam os desafios presentes e futuros de modo que, o impacto da crise não faça o nosso país regredir”, explicou.
Por sua vez, o Presidente do Conselho municipal da Matola, Arão Nhancale, explicou que o fórum, que decorreu sob lema “Tornar a Matola Primeiro destino de negócios”, constitui a materialização das promessas feitas durante a sua campanha eleitoral, no âmbito das eleições autárquicas de Novembro passado. “Na verdade, aquando da nossa tomada de posse no início desta III Legislatura autárquica, preconizamos o diálogo permanente com o sector empresarial e outros segmentos sociais como uma fonte segura para o sucesso da nossa governação”, afirmou Nhancale.
O edil explicou que o I Fórum Empresarial do Município da Matola pretende ser um momento de auscultação e harmonização das ideias quanto ao rumo de desenvolvimento empresarial a seguir. Na ocasião, Nhancale apresentou uma série de oportunidades de negócio existentes no Município, bem como as vantagens comparativas para o exercício da actividade empresarial nesta autarquia. Nhancale destacou a indústria hoteleira, vias de acesso, infra-estruturas de saneamento, habitação e educação e saúde como áreas prioritárias que o empresariado nacional e estrangeiro se deve envolver.
Ele convidou ainda os agentes económicos à considerarem a possibilidade de ser juntar ao Conselho Municipal no desafio de construção de um estádio municipal. “A Matola tem todas as condições para o desenvolvimento de negócios. O município alberga 60 por cento do parque industrial do país. Espaço não constitui problema. Para além disso, a Matola é atravessada pelo Corredor de Desenvolvimento de Maputo. Todas estas condições facilitam o exercício da actividade empresarial”, explicou.
Participaram no Fórum, de um dia, agentes económicos nacionais e estrangeiros, alguns dos quais se encontram a desenvolver seus negócios nesta autarquia e outros a procura de oportunidades para o efeito, incluindo uma delegação de empresarial da Câmara de Loures (Portugal) e outros empresários portugueses idos da Madeira e da cidade do Porto.