O presidente moçambicano, Armando Guebuza, exortou hoje, primeiro dia da sua “Presidência Aberta e “Inclusiva” a província da Zambézia, Centro de Moçambique, os residentes do distrito de Inhassunge, para serem mais ambiciosos na luta contra a pobreza.
Guebuza falava durante um comício popular, muito concorrido, neste distrito localizado a cerca de 20 quilómetros de Quelimane, a capital provincial. “Não podemos ficar satisfeitos com uma escola EP1. Não podemos ficar satisfeitos, pois também devemos ter uma escola EP2, e também temos que ter uma escola secundária, e ate escola técnica”, disse Guebuza.
Como diria Nietze, um grande filosofo alemão, “a satisfação interior e’ o fim de todas as acções”. Na verdade, o dia que o Homem deixar de ter ambições deixa de ter sentido a sua existência na terra. O estadista respondia as preocupações apresentadas numa mensagem dos residentes de Inhassunge, que entre os vários problemas apresentados reivindicaram a construção de escolas, extensão da rede de energia eléctrica as localidades e povoações, construção de maior numero de escolas para diminuir as distancias entre as suas residências e escolas mais próximas, bem como orfanatos.
Guebuza considera estas preocupações de legitimas, tendo inclusivamente mostrado o seu agrado pois isso revela uma maior ambição no combate a pobreza. “A vossa mensagem diz claramente que querem mais. Por isso, temos que lutar para mais. Para mais e melhor, porque nos sabemos aquilo que queremos. E se nos lutarmos para mais e melhor, havemos de trabalhar todos juntos, e vamos chegar onde queremos”, disse o estadista moçambicano.
Por isso, explicou Guebuza, “se não tivermos ambições, não havemos de lutar, não havemos de fazer nada, e vamos continuar a sofrer”. Na ocasião, Guebuza também agradeceu a mensagem dos residentes que reconhece aquilo que o governo fez. “E’ verdade que muita coisa foi feita disse Guebuza”, explicando de seguida que a pobreza ainda não acabou e, por isso, “não podemos descansar”. Guebuza inicia esta quarta-feira uma visita de quatro dias a província da Zambézia, onde para alem de Inhassunge vai escalar os distritos de Guruè, Ile e Nicoadala.
Refira-se que esta e’ a segunda etapa da sua Presidência Aberta, tendo escalado nos finais de Abril as províncias do Niassa, e Nampula, ambas no Norte de Moçambique. Numa conferencia de imprensa concedida minutos após a sua chegada no aeroporto de Quelimane, Guebuza disse esperar desta visita uma melhor compreensão daquilo que são as grandes realizações da província da Zambézia, bem como os grandes problemas que o povo desta província enfrenta, sobretudo “na nossa luta contra a fome, pobreza e também na nossa luta contra as doenças endémicas”.
Como sabem, disse Guebuza, “temos muitos problemas sérios de cólera, e importa saber como e’ que estamos a lutar contra a cólera, para que a nossa população possa participar mais descansada e mais tranquilizada na luta contra a pobreza”. Segundo Guebuza, Moçambique enfrenta um problema comum, do Rovuma ao Maputo, que e’ a fome e doenças, mas que se traduz num único problema que e’ a pobreza.
Na sua deslocação a Zambézia, Guebuza faz-se acompanhar da ministra para a coordenação e acção ambiental, Alcinda Abreu, da administração estatal, Lucas Chomera, das finanças, Manuel Chang, do turismo, juventude e desportos, Fernando Sumbana, da energia, Salvador Namuburete, do vice-ministro do turismo, Rosário Mualeia, do vice-ministro das obras publicas e habitação, Gabriel Mutisse, do embaixador da Índia em Moçambique e do encarregado de negócios da embaixada dos EUA, em Maputo, Todd Chapman.