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Cerca de 80% da Reserva Nacional do Niassa em vias de ser inútil

Perto de 80% dos cerca de 40 mil quilómetros quadrados da Reserva Nacional do Niassa, no Norte de Moçambique, poderá deixar de ser aproveitada para fins turísticos e de conservação da fauna e flora devido aos fenómenos de queimadas descontroladas e caça furtiva protagonizado por cidadãos nacionais e da Tanzania, principalmente.

Futuramente, a situação poderá pôr em risco a fauna, reduzir investimentos na área do turismo e afectar “toda a economia por se tratar de reserva natural do país”, segundo Abdala Mussa, director-geral da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) do Ministério do Turismo.

Em média diária, três a quatro elefantes são abatidos por caçadores clandestinos na Reserva Nacional do Niassa, salienta Mussa, estimando em cerca de 120 mil dólares norte-americanos o valor que o Estado moçambicano perde em taxas e outros encargos por causa do abate ilegal dos paquidermes.

Particularmente, as queimadas descontroladas têm impacto negativo em termos de disponibilidade de alimentos para os animais selvagens que abundam no local, realça ainda a fonte, salientando que isso está também a agudizar casos de conflito Homem/ animal, uma vez que os “animais acabam por invadir campos agrícolas devido à escassezdealimentosdentro da reserva”.

Cenário idêntico regista-se também no Parque Nacional das Quirimbas, na província nortenha de Cabo Delgado, acrescentou Abdala Mussa, falando à margem de um seminário sobre Conservação em Moçambique, terminado esta terça-feira, em Maputo, promovido pela Agência dos Estados Unidos da América para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

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