O Ferroviário de Nampula venceu de forma folgada, na tarde deste domingo (20), ao seu homónimo de Maputo por 3 a 0 e consolidou a primeira posição da tabela classificativa do Campeonato Nacional de Futebol, o Moçambola, edição 2014. Ainda em partidas da quinta jornada, a Liga Muçulmana e o Maxaquene humilharam com goleada as formações do Ferroviário de Quelimane e Desportivo de Nacala, respectivamente.
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Diante de um Ferroviário de Maputo que se assume como um forte candidato à conquista do título, os donos de casa tinham a responsabilidade de manter a regularidade dos resultados positivos que têm vindo a registar nesta prova. Aliás, estava claro que os pupilos de Rogério Gonçalves fariam de tudo para ficar em casa com os três pontos, uma proeza que seria concretizada no final dos noventa minutos.
Os donos de casa assumiram o comando do jogo nos instantes iniciais. Mostraram garras e trilharam o caminho que lhes levasse à baliza de Pinto. Foram audazes no jogo ofensivo e reduziram o adversário ao tamanho da sua grande área, diga-se.
Decorridos 11 minutos, Skaba, médio ofensivo da turma da casa, cabeceou vitorioso para o fundo das malhas de Pinto e abriu as hostilidades do jogo. Há quem diga que aquele jogador usou a mão para abrir o marcador, uma situação que, no entanto, o árbitro não viu.
Com o golo, o Ferroviário de Nampula ganhou maior robustez e acreditou que poderia resolver o jogo o mais cedo possível. Recorreu às jogadas de insistência, aos cruzamentos venenosos para o interior da grande contrária e, a partir do meio-campo, bombeava as bolas sempre à busca de um avançado que possa dar continuidade às jogadas.
Foi com esta intensidade que, volvidos 20 minutos, Vasil sofreu uma lesão e teve de ser substituído por Massawa. Mas, segundos depois desta operação, quem deu indicação de golo foram os forasteiros que, através de Luís, remataram por cima da trave da baliza. A vantagem de 1 a 0 no marcador, dos donos da casa, prevaleceu até ao fim dos primeiros 45 minutos.
Na etapa complementar, os dois conjuntos entraram determinados a alcançar o melhor resultado, mas foi o Ferroviário de Nampula que chegou primeiro ao golo, por intermédio de Vivaldo, depois de uma jogada de mestria de Massawa.
Mesmo em vantagem de 2 a 0, os visitantes não moderaram a intensidade do jogo e correram atrás do terceiro do golo, de modo a sacudir, definitivamente, a pressão exercida pelos jogadores de Victor Pontes. E numa altura em que o Ferroviário de Maputo cerceava a defensiva contrária, foram os donos da casa que marcaram o terceiro e último tento da partida, sendo o mesmo da autoria de Skaba.
Terminados os 90 minutos, Victor Pontes, treinador do Ferroviário de Maputo, não se mostrou feliz com a actuação da equipa de arbitragem, liderada por Felimão Filipe mas, ainda assim, saudou a equipa triunfante pelo excelente resultado alcançado em casa, bem como pelo campeonato que tem vindo a realizar.
Rogério Gonçalves, por sua vez, foi bastante cauteloso ao afirmar que a sua formação cumpriu com mais um objectivo nesta prova, que passa necessariamente por ganhar todos os jogos até ao fim da época. Aquele treinador voltou a informar que a sua equipa não é candidata a ganhar o título desta prova, apesar da regularidade que tem vindo a demonstrar nestas primeiras jornadas.
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Com esta vitória, o Ferroviário de Nampula soma 15 pontos, no topo da tabela classificativa, a dois do seu seguidor directo, o Maxaquene de Chiquinho Conde.
Liga Muçulmana e o Maxaquene “super” inspirados!
Foram duas goleadas, digamos, históricas, na perspectiva de evitar o termo “à moda antiga”. Na primeira, que teve como palco o campo da Liga Muçulmana, mesmo antes de se decifrar a táctica que os dois conjuntos levavam para o confronto, os donos da casa festejavam o golo madrugador de Liberty.
Passaram somente dez minutos para o marcador automático daquele recinto desportivo, localizado na Matola C, começar a indicar 2 a 0. À passagem do 11º minuto, Muandro beneficiou da gentileza da defensiva locomotiva para ampliar ainda mais a vantagem dos donos casa.
Sem qualquer tipo de resposta por parte da equipa treinada por Nacir Armando, que para todos efeitos buscou, nos primeiros 45 minutos, adaptar o seu futebol directo ao poderio táctico dos muçulmanos, a Liga chegou facilmente ao 3 a 0.
Neste lance, a bola voou da asa direita para o centro da grande área locomotiva, local onde se encontravam três jogadores da Liga, tendo surgido Liberty a dar o toque final para o fundo das malhas.
Perto do intervalo, Nando isolou Sonito com recurso a um passe que rompeu a defensiva locomotiva, e o ponta de lança ainda teve tempo de escolher o melhor ângulo para “bater” o guarda-redes Sitoe.
Na etapa conclusiva, mercê de uma apatia dos muçulmanos que passaram a gerir o resultado, o Ferroviário de Quelimane estabeleceu-se e, a um minuto dos 90, Edson, médio-ala daquela colectividade, apontou o golo de honra. Contudo, aquele tento surgiu depois do 5 a 0 assinalado por Zico.
Na mesma tarde, no Estádio Nacional do Zimpeto, o Maxaquene humilhou com goleada a equipa do Desportivo de Nacala, por 4 a 0, com golos da autoria de Betinho, Rachid e o bis de Isac.
Com este triunfo, a equipa tricolor manteve a segunda posição da tabela classificativa, enquanto o Desportivo de Nacala deu mais luz à zona da despromoção com apenas um ponto.
Quadro completo de resultados
Ferroviário de Nampula 3 – 0 Ferroviário de Maputo
Maxaquene 4 – 0 Desportivo de Nacala
Liga Muçulmana 5 – 1 Ferroviário de Quelimane
HCB de Songo 1 – 1 Ferroviário da Beira
Estrela Vermelha da Beira 0 – 0 Clube de Chibuto
Desportivo de Maputo 0 – 0 Costa do Sol
Têxtil de Púnguè 1 – 1 Ferroviário de Pemba