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Amnistia Internacional deplora impunidade de soldados tchadianos na RCA

A Organização não Governamental (ONG) Amnistia Internacional (AI) advogou que o anúncio feito a 3 de Abril corrente em Bruxelas (Bélgica) pelo ministro tchadiano dos Negócios Estrangeiros sobre a retirada progressiva das suas tropas das operações de manutenção da paz na República Centro Africana (RCA) não deve resultar em impunidade pelas violações dos direitos humanos cometidas no local.

«A retirada não deve garantir a impunidade aos soldados da paz tchadianos que seriam responsáveis pelas violações dos direitos humanos perpetradas no fim de semana passado na RCA, cujo balanço de perdas de vidas humanas se elevaria em dezenas de mortos civis», declarou o investigador da AI para a RCA, Christian Mukosa.

«Com o vazio criado pela retirada destas tropas, a comunidade internacional deve envolver-se e dar o seu apoio às tropas africanas e francesas no terreno cujo mandato consiste em proteger as populações civis. O desdobramento urgente da força europeia EUFOR RCA lançada esta semana só deve ser o início dos esforços intensos visando impedir o agravamento da terrível situação», sustentou.

Cerca de 850 soldados tchadianos estão desdobrados na RCA no quadro da Missão Internacional Africana de Apoio à República Centro Africana (MISCA). A situação deteriorou-se desde finais de março com as tropas da MISCA que tiveram pela primeira vez confrontos armados com as milícias anti-balaka em Bangui, a capital, e noutras zonas.

A Aministia Internacional juntou-se aos apelos do Governo de transição da RCA para que as Nações Unidas e a União Africana (UA) realizem um inquérito independente e imparcial sobre a presumível implicação dos soldados da MISCA nos dois incidentes ocorridos em Bangui a 27 e 29 de março último que fizeram dezenas de vítimas entre os civis e houve relatos de que os soldados tchadianos teriam disparado contra civis.

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