Milhares de pessoas retiradas de zonas baixas do litoral chileno devido a um terremoto foram autorizadas a regressar para casa, esta quarta-feira (2), depois da suspensão de um alerta de tsunami. Os primeiros relatos indicam que o sismo da terça-feira, apesar da magnitude 8,2, causou apenas danos limitados.
O tremor teve o seu epicentro no mar, em frente à costa norte do Chile, matando seis pessoas e provocando um tsunami com ondas de 2 metros. As empresas de mineração disseram que não foram afectadas pelo terremoto no Chile, maior produtor mundial de cobre.
A presidente Michelle Bachelet declarou estado de calamidade em parte do norte do Chile, prometendo reforços policiais e militares para manter a ordem enquanto os danos são reparados.
Houve queda de barreiras em algumas estradas. Bachelet deve visitar as áreas afectadas na quarta-feira, enquanto as autoridades ainda avaliam a dimensão dos danos. Por causa do risco de tsunami, mais de 900 mil pessoas foram retiradas das suas casas no litoral chileno, onde ainda há duras lembranças do terremoto seguido de tsunami de 2010.
Um número excepcional de tremores antecedeu ao sismo de terça-feira, causando nervosismo entre os moradores, que abandonaram as praias, estocaram mantimentos e se prepararam para uma eventual desocupação.
“O governo do Chile tem se empenhado em conscientizar as pessoas que moram no litoral sobre a ameaça de tsunamis e o que fazer caso um se aproxime”, disse Steven Godby, especialista em gestão de desastres da Universidade Nottingham Trent, na Inglaterra.
“Várias simulações de tsunami ocorreram desde o tsunami que matou mais de 500 chilenos em Fevereiro de 2010, e terremotos recentes na região ajudaram a manter a ameaça firmemente na cabeça das pessoas”, acrescentou.