O chefe da delegação do Governo, no diálogo político com a Renamo, José Pacheco, revelou esta quarta-feira (02), no fim da 49ª ronda, que o Governo de Moçambique é que irá suportar todas as despesas decorrentes da presença de observadores internacionais no processo de cessação de confrontos armados no país.
“Nos termos de referência há indicação clara de que as questões inerentes ao financiamento são da responsabilidade do Governo de Moçambique. Nós veremos como fazer isso pelas mais variadas fontes financeiras que o Governo tem para as operações militares, de investimento, de desenvolvimento económico e social do nosso país”, explicou Pacheco.
São, no total, nove países que estarão em missão de observação no país, nomeadamente Botswana, Zimbabwe, África do Sul, Cabo Verde e Quénia, (africanos) e Itália, Portugal, Grã-Bretanha (europeus) e Estados Unidos de América.
O comando central que dirigirá a missão de observação criado na ronda da segunda-feira (31) será liderada pelo Botswana, coadjuvado por Itália e Zimbabwe.
Segundo o chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuine, serão criadas subunidades que irão trabalhar nas províncias. Assim, Portugal irá chefiar a missão na província de Nampula, Quénia-Tete, Grã-Bretanha-Sofala, Botswana-Inhambane.
No encontro desta quarta-feira (02) as partes não chegaram a consenso sobre o período de vigência da missão de observação de cessação de confrontos no país.