A Frente de Cidadania para a Salvaguarda das Conquistas Democráticas, uma rede de intelectuais e actores da sociedade civil defensores da cidadania, rejeitou definitivamente o Ficheiro Eleitoral Permanente Informatizado (LEPI) do Benin cujo processo de correcção se iniciou sábado.
Para esta coligação, “o LEPI é um grande morto que mágicos manhosos tentam despertar e é tempo de lhes dizer definitivamente que a sua magia não vai passar e que o LEPI morreu e que é preciso aceitar o luto”.
A Frente defende por isso a mobilização de todos para pedir o abandono da “farsa” em curso e dar a sua contribuição para a elaboração duma lista eleitoral nova como indicada numa proposta alternativa divulgada, há alguns meses.
Este grupo diz-se convencido de que, “no seu estado actual, o LEPI é tudo menos o instrumento esperado” na medida em que, argumentou, “insistir hoje em querer corrigi-lo é um exercício que necessita da proeza de uma outra idade e que desembocará forçosamente num impasse”.
Desde a sua realização pouco antes das presidenciais de 2011, a LEPI longe de ser um instrumento de promoção da democracia é sempre contestada pela oposição e pela sociedade civil devido a múltiplos erros e irregularidades que mancharam a sua elaboração. As mesmas irregularidades foram confirmadas por uma auditoria da Organização Internacional da Francofonia (OIF).