Algumas comunidades da província de Nampula rejeitaram a pulverização intra-domiciliária cuja campanha terminou recentemente, supostamente porque o sector da saúde pretendia propagar a cólera em conluio com os secretários dos bairros e, em resultado disso, em alguns distritos tais como Angoche, Eráti e a cidade capital, vários pulverizadores foram agredidos fisicamente.
As autoridades da Saúde em Nampula esperavam pulverizar 427.123 casas, das quais foram abrangidas 384.446. O @Verdade apurou que pelo menos 10 agentes de pulverização foram espancados e escorraçados no bairro de Namicopo, concretamente na unidade comunal de Saua-Saua.
Sobres este assunto, Calton Guedes, técnico na Direcção Provincial de Saúde de Nampula, confirmou a ocorrência mas indicou que apenas dois rociadores foram violentados em Angoche por terem sido confundidos com certos simpatizantes da Frelimo que pretendiam espionar os membros dos partidos da oposição. “Outras pessoas alegavam que os nossos técnicos não pretendiam pulverizar, mas sim, levar cólera para suas casas.”
Segundo Calton Guedes, na cidade de Nampula os residentes rejeitaram a pulverização alegadamente porque o medicamento usado não é para pessoas, mas sim, para as plantas. O nosso interlocutor explicou, também, que os indivíduos que recusaram a pulverização são dirigentes de instituições do Estado, mas em vez de tomar atitudes que estimulem boas práticas por parte da população agiram no sentido de dificultar o trabalho.
Nos restantes distritos, algumas famílias alegaram que o medicamento usado na pulverização causa comichão e não tem nenhum efeito no combate a insectos, sobretudo o mosquito que provoca a malária.