Pelo menos 44.686 cidadãos moçambicanos, que vivem nos centros de acomodação nos distritos da Maganja da Costa, de Mocuba e Namacura, na província da Zambézia, precisam de apoio de emergência após terem sido obrigados a abandonar as suas residências devido as chuvas que continuam a cair em várias regiões de Moçambique. O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), que antes do início da época de chuvas afirmou estar preparado para atender cerca de 2 milhões de cidadãos, que estimou poderem ser afectados, vem agora alertar que não tem capacidade para assegurar as necessidades básicas de alimentação, água potável e cuidados de saúde destes deslocados.
Maria Luciano, delegada do INGC na Zambézia, disse que a instituição está à procura de parceiros que possam ajudar a minimizar o sofrimento das populações e a desenvolver esforços no sentido de alocar meios para a assistência médica, abertura de furos de água, distribuição de alimentos, dentre outras acções com vista a evitar desgraças.
Segundo a fonte o número de deslocados pelas chuvas ultrapassa as capacidades inicialmente previstas e criadas pelo Governo.
Recorde-se que no ano passado, antes do início da época chuvosa, o Governo aprovou um Plano de Contingência através do qual disponibilizou 152 milhões de meticais para minimizar o impacto das calamidades naturais na época chuvosa 2013/2014.
Por outro lado vários parceiros de cooperação disponibilizaram apoios financeiros, e não só, que deveriam servir para aumentar ainda mais a capacidade de resposta do INGC que já previa chuvas acima do normal, e até sismos segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia.