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Soldados israelitas matam um juiz palestino no posto da fronteira com a Jordânia

Soldados israelitas mataram, esta segunda-feira (10), a tiros um juiz palestino que trabalhava na Jordânia, no meio duma discussão num posto de passagem na fronteira entre a Jordânia e a Cisjordânia, território ocupado por Israel, disseram as autoridades palestinas.

O Exército israelita afirmou que o homem tentou agarrar a arma de um soldado na ponte Allenby, sobre o rio Jordão, e que por isso os soldados atiraram nele. A Autoridade Palestina, na cidade de Ramallah, Cisjordânia, condenou o que chamou de “tiro à queima-roupa” por parte das tropas israelenses.

Os palestinos e a Jordânia exigiram uma investigação. Um comunicado do gabinete do primeiro-ministro palestino Rami al-Hamdallah identificou o homem como Raed Alaa el-Deen Za’eiter, 38, um juiz nascido na Cisjordânia e actualmente a trabalhar na Jordânia. Um oficial militar israelita disse que o Exército estava a verificar as informações sobre a identidade do homem.

O chanceler jordaniano, Nasser Judeh, encontrou com um diplomata israelita em Amã depois do incidente e condenou a morte a tiros do palestino, segundo a agência estatal de notícias da Jordânia, a Petra. Judeh pediu que Israel investigue o caso e informe a Jordânia sobre o resultado. Os dois países assinaram um tratado de paz em 1994.

Num outro incidente, soldados israelitas mataram um palestino de 20 anos de idade na Cisjordânia. Os militares disseram que os soldados dispararam contra o homem, que tinha lançado pedras contra um carro israelita e um autocarro, e que as circunstâncias estavam a ser investigadas. Os prentes do homem disseram que ele tinha sido baleado enquanto cuidava das cabras da sua família perto da sua casa.

No mês passado, a Amnistia Internacional publicou um relatório assinalando que as forças israelitas estavam a usar violência excessiva na Cisjordânia, tendo matado dezenas de palestinos ao longo dos últimos três anos, o que o grupo de defesa de direitos humanos disse que poderia ser caracterizado como um crime de guerra.

O Exército de Israel rejeitou as críticas, dizendo que as forças de segurança tinham constatado um aumento substancial da violência por parte dos palestinos.

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