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102 mil Centroafricanos fugidos da violência no seu país, segundo o PAM

Pelo menos 102 mil Centroafricanos deixaram o seu país para fugir a violência registada na República Centroafricana (RCA) desde Março de 2013, segundo o Programa Alimentar Mundial (PAM).

Preocupado com as consequências deste êxodo para os países vizinhos, o PAM precisou, num comunicado, que cerca de 62 mil desses refugiados estão na República Democrática do Congo (RDC), 28 mil chegaram aos Camarões nas últimas semanas e 12 mil estão no Congo.

O PAM está preocupado com as consequências deste êxodo para os países vizinhos, onde mais de 150 mil pessoas necessitam de assistência humanitária urgente, indicou, acrescentando tratar-se de uma crise regional “que ultrapassa as fronteiras do país”.

“Estas pessoas, que muitas vezes perderam tudo, foram vítimas ou testemunhas de inéditos actos de violência e não tiveram outra escolha senão partir”, realçou a directora regional do PAM para a África Ocidental, Denise Brown.

Segundo ela, existe uma necessidade de assistência, particularmente alimentar e nutricional, ao mesmo tempo na República Centroafricana e nos países vizinhos e que a necessidade de apoio é tão urgente que as pessoas carentes “não deverão ter a esperar”.

Desde Dezembro de 2013, o movimento de populações a partir da RCA intensificou-se em direcção a províncias frágeis e que vivem insegurança alimentar. A chegada de milhares de pessoas agravou as dificuldades com que estão confrontadas as populações locais.

Entre estes deslocados, figura um grande número de Tchadianos, a maior parte dos quais nunca foram ao seu país de origem ou há muito tempo que eles já não beneficiam de redes de entreajuda.

O PAM declarou-se preocupado com o facto de não poder responder às necessidades destas populações extremamente vulneráveis por falta de fundos suficientes.

Vários países limítrofes já acolhem um maior número de refugiados de diferentes países e os recursos disponíveis tornam-se limitados. Na RDC, os stocks de cereais destinados aos refugiados centroafricanos estão quase esgotados e novas contribuições são necessárias com urgência, refere o PAM.

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