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Jornalista intimidado por reportar alastramento da guerra a Moatize

O jornalista Aparício José Nascimento, proprietário e editor do jornal independente Malacha, publicado em Moatize, província de Tete, diz ter sido ameaçado na última terça-feira (21) pela administradora daquele distrito, Elsa da Barca, por ter veiculado informações sobre a presença de homens armados da Renamo naquele ponto do país alegadamente sem a consultar.

De acordo com Nascimento, a administradora exigiu que todos os jornais que já estavam nas bancas à venda desde segunda-feira (20), os quais deviam ser entregues no seu gabinete. Para além disso, “ela ligou ao Fungai Caetano (colaborador do jornal) por volta das 21 horas solicitando-o a comparecer, na companhia do editor, eu, neste caso, àquela hora para darmos explicações , ao que recusámos”.

Entretanto, quando contactada pelo @verdade nesta quinta-feira (23), a administradora Elsa da Barca refutou todas as acusações e disse que apenas perguntou ao jornalista a fonte da informação relativa à presença de homens armados da Renamo.

Curiosamente, a administradora só fez isso com o jornalista em causa, e não com os colaboradores da Rádio Moçambique e da rádio local, que também veicularam a mesma informação.

Nascimento avançou ao @verdade que receia ser expulso ou transferido para uma outra autarquia uma vez que, para além de jornalista e proprietário do Malacha, é funcionário público, estando a leccionar na Escola Secundária Heróis Moçambicanos, naquela vila municipal.

Refira-se que o jornal Malacha existe e circula em Moatize há cerca de quatro anos e tem o registo número 12/GABINFO/DEC-2012.

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