O grupo rebelde somali Al Shabaab proibiu o uso da Internet no país africano, dando as operadoras telefónicas 15 dias para cumprir a ordem, disseram os extremistas.
Apesar de os rebeldes, que dizem ser ligados à Al Qaeda, terem sido enfraquecidos de maneira significativa pelas tropas da União Africana nos últimos anos, eles têm feito ataques a instalações do governo na capital e noutros pontos da Somália.
O grupo, que há sete anos luta para impor uma interpretação estrita da lei islâmica, já tentou no passado, sem sucesso, banir outros hábitos e facilidades da vida moderna, como toques de celular, música e serviços de transferência de dinheiro.
Dessa vez, no entanto, o Al Shabaab pode potencialmente executar a proibição no sul e no centro da Somália, onde eles ainda controlam algumas áreas usadas para operações das companhias telefónicas. No passado, o grupo fez ataques a bomba e a tiros contra os que não cumpriram as suas determinações.
“Qualquer empresa ou pessoa que não cumprir com a regra vai ter um tratamento de acordo com a lei islâmica”, disse o grupo num comunicado divulgado na Internet. O próprio Al Shabaab comunica-se regularmente via Facebook e Twitter.
O governo e as duas principais companhias de telefone não estavam disponíveis de imediato para comentar o anúncio do grupo.