Um alto funcionário do Governo chinês em Hunan e 500 deputados provinciais foram destituídos devido a uma fraude eleitoral, anunciou o comité disciplinar do Partido Comunista Chinês.
Tong Mingqian foi considerado culpado de negligência por não ter impedido o esquema de subornos em Hunan, especifica o comité do partido, citado pela BBC. Os 500 deputados foram acusados de terem recebido luvas para, durante as eleições parlamentares intercalares, elegerem determinadas pessoas.
Tong era o chefe do partido na cidade de Hengyang, cargo que lhe dava também a presidência do organismo consultivo do parlamento de Hunan. De acordo com o comité disciplinar do partido, “não cumpriu devidamente os seus deveres e não tomou as medidas necessárias no caso dos subornos antes e depois das eleições”. A sua conduta, prossegue o comunicado, levou a um “caso sério de subornos” que “infligiram danos consideráveis nos interesses do partido, do país e do povo”.
O Presidente chinês, Xi Jinping, declarou guerra à corrupção e a qualquer outro crime de comportamento dos dirigentes e representantes e a queda de Tong e o afastamento dos 500 deputados de Hunan faz parte dela.
A investigação aberta sobre o caso revelou que também 56 membros da assembleia municipal de Hunan subornaram deputados para serem reeleitos.
O Presidente disse que a sua luta se dirigiria a todos, “os tigres e as moscas”. Na semana passada, e noutra frente da luta de Xi contra a corrupção – e contra os grandes adversários políticos, por exemplo Bo Xilai –, um alto dirigente do partido, e conselheiro político em Pequim, Li Chongxi, foi destituído. Li era um próximo do antigo responsável pela segurança Zhou Yongkang, afstado também por suspeita de corrupção.