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Financiamento aos programas da malária aumentou em 2011

O financiamento anual destinado a pesquisa e desenvolvimento (R&D) no capítulo da malária registou um aumento em cinco vezes, de 131 milhões de dólares americanos em 1993 para 610 milhões em 2011.

Segundo a nova análise das tendências de financiamento na batalha global contra a malária, a maior fasquia do incremento financeiro aconteceu em 2004, altura em que o apoio se situou nos 320 milhões de dólares.

As projecções do relatório mostram que o R&D necessitará de mais de 8.3 biliões de dólares na próxima década (2013/22) para desenvolver novas ferramentas destinadas a garantir a sustentabilidade dos esforços de combate a doença; com as projecções de médio prazo a colocarem nos 700 milhões anuais o investimento necessário.

Apesar de estar a regredir, a malária continua a matar anualmente cerca de 660 mil pessoas, na sua maioria crianças africanas. O estudo aponta que os inves- timentos na pesquisa e desenvolvimento são fundamentais, dada a emergência da resistência do parasita da malária e do mosquito ao insecticida.

“É importante garantir a sustentabili- dade dos avanços conseguidos pela R&D que nunca foram tão salutares, com cerca de 90 por cento de produtos desenvolvi- mento”, refere o documento, destacando entre eles os cerca de 40 fármacos, dos quais 10 estão numa fase bem avança de ensaios clínicos.

Na lista de intervenções que entraram em prática nas duas últimas décadas figura a introdução de redes mosquiteiras tratadas com insecticida de longa duração, a terapia combinada baseada na artemininina para adultos e crianças e outras ferramentas de diagnóstico rápido. O uso destas e outras ferramentas, os esforços de controlo da malária conseguiram evitar 274 milhões de casos da doença e 1.1 milhões de mortes no decénio 2000/10.

“Os frutos dos investimentos do passado na ciência e inovação ajudaram a repelir a doença que tirou milhões de vidas”, disse Ashley Birkett, directora da Iniciativa da Vacina contra a Malária PATH. Birkett acrescentou que a única forma de conseguir uma eventual erradicação da doença reside na continuidade dos investimentos estratégicos na pesquisa e desenvolvimento a longo prazo.

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