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Israel liberta preso palestino depois da greve de fome

Israel libertou, esta segunda-feira (23), um prisioneiro palestino, concluindo assim um acordo firmado este ano em troca de ele suspender uma longa greve de fome que quase o matou. Samer al-Issawi interrompeu a sua greve de fome em Abril, mantida durante oito meses, com intervalos.

O seu confinamento desencadeou semanas de protestos na Cisjordânia, ocupada por Israel. Israel condenou Issawi por disparar contra um autocarro israelita em 2002, mas libertou-o em 2011 com mais de 1.000 prisioneiros palestinos em troca da libertação do soldado israelita Gilad Shalit, que os militantes islamistas mantinham como refém na Faixa de Gaza.

Mas Issawi foi preso novamente em Julho de 2012, depois de Israel ter dito que ele violou os termos da sua prisão ao ir de Jerusalém Oriental, cidade onde nasceu, até a Cisjordânia, e determinou que ele deveria ficar preso até 2029 – a data em que terminaria a sua pena original de prisão.

Citando questões de segurança, Israel restringe a movimentação de palestinos entre Jerusalém Oriental e a Cisjordânia. Ambas foram ocupadas por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e posteriormente o país anexou Jerusalém Oriental – medida que não obteve reconhecimento internacional.

“Eu queria proteger os direitos dos prisioneiros palestinos e impedir Israel de voltar a prender mais palestinos que tinham sido libertados no acordo por Shalit”, disse Issawi a repórteres palestinos que o aguardavam diante dos portões da prisão de Shata, no norte de Israel.

Ele foi levado para uma breve recepção perto de Jericó, na Cisjordânia, e depois para sua casa em Issawiya, um vilarejo adjunto a Jerusalém Oriental. Israel mantém na prisão 5.000 palestinos que acusa de cometerem ou planearem actos de violência contra o país.

Recentemente o governo israelita concordou em libertar 104 deles, como parte de um acordo mediado pelos Estados Unidos, o qual abriu caminho para a retomada das negociações de paz com os palestinos.

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