Os leitores do @Verdade classificaram como uma das maiores Xiconhoquices do ano o negócio da EMATUM justamente pela discrepância ente a data da criação da empresa e a data da bolada de 300 milhões de euros, caso de desconfiança num país conduzido aos pinos.
Quando os Xiconhocas se juntam surgem coisas do género. A EMATUM é resultado disso. Um negócio de 300 milhões de euros só podia fazer com que os Xiconhocas dessem um ar da sua graça. O ridículo da coisa é de proporções oceânicas.
A empresa foi criada a 2 de Agosto e, volvidos 30 dias, acertou a redonda bolada de 300 milhões de euros. A data da criação da empresa revela que a decisão de compra foi tomada antes da criação da empresa, tendo em conta o intervalo entre o registo da sociedade anónima e o anúncio da encomenda. Deve-se tratar de um caso único no mundo. Viva a EMATUM. Ou seja, o crescimento rumo à prosperidade no país dos Xiconhocas.
As difusas e obtusas explicações do Governo em relação à aquisição de 30 barcos de pesca para a EMATUM, uma empresa participada pelo SISE, não convencem o mais incapacitado dos senis que pululam pelo país adentro. É mesmo retórica de má qualidade afirmar que a compra visa “dotar Moçambique de capacidade para explorar um recurso que é seu, em benefício do seu povo e da sua economia”.
Interessante perspectiva, mas irreal. Uma dívida contraída pelo Governo para beneficiar uma empresa de espiões não pode, de forma alguma, ter sido feita “em benefício” do povo.