Mais de dois caçadores furtivos foram, semana finda, detidos por fiscais do Kruger National Park (KNP), da África do Sul, quando se preparavam para abater rinocerontes e elefantes para extrair troféus para comercialização no mercado externo.
Há cerca de dois anos, pelo menos, dois outros moçambicanos também surpreendidos na África do Sul a praticar caça ilegal foram condenados por tribunais locais a pesadas penas de prisão, devendo acontecer o mesmo relativamente a estes dois nacionais, segundo Valdemar Casimiro, funcionário sénior do Parque Nacional do Limpopo, falando esta segunda-feira ao Correio da manhã.
Entretanto, junto da organização WWF (Fundo Mundial para a Natureza). Segundo o Correio da Manhã, Moçambique perdeu, entre 2009-2012, mais de 2500 elefantes e rinocerontes, a maioria dos quais mortos pelos furtivos dentro de áreas de conservação das províncias do Niassa, Gaza e Cabo Delgado. A organização indica ainda que pelo menos três elefantes são mortos diariamente naquelas três províncias.
Joaquim Chissano
Entretanto, a Fundação Joaquim Chissano lançou, esta segunda-feira, em Maputo, a “Iniciativa Joaquim Chissano de Preservação da Fauna Bravia em Moçambique”, impulsionada pela crescente preocupação pelo nível elevado de caça furtiva de espécies protegidas de fauna bravia, particularmente, do rinoceronte e elefante, para o tráfico ilegal dos seus troféus por associações criminosas internacionais.
De acordo ainda com Valdemar Casimiro, o Parque Nacional do Limpopo acaba de adquirir três viaturas e uma avioneta para os seus mais de 60 fiscais já no terreno, estando para breve a formação de outros cerca de 30, para fortificar a lua contra a caça furtiva.
De referir, entretanto, que o lançamento ontem da iniciativa da fundação Joaquim Chissano, surge depois de o Ministério do Turismo ter assinado a 10 de Agosto de 2013 com a instituição um memorando de entendimento para o estabelecimento de uma parceria para a conservação da fauna e flora, da diversidade biológica e para o combate à caça ilegal de espécies protegidas de fauna bravia.
No documento as partes acordaram trabalhar em conjunto nas áreas de de- senvolvimento comunitário, mobilização de recursos para apoio à fiscalização das áreas de conservação, e da realização de estudos e pesquisas.