Os italianos indignados gritaram impropérios e chutaram o caixão do ex-oficial nazista alemão Erich Priebke, que morreu na semana passada aos 100 anos. O funeral dele foi realizado apesar de o prefeito de Roma ter tentado impedir a cerimónia.
Priebke cumpria pena de prisão perpétua em Roma por seu envolvimento na morte de 335 civis em cavernas nos arredores de Roma, em 1944, num dos piores massacres da Segunda Guerra na Itália, crime pelo qual o alemão jamais se desculpou.
“Carrasco! Carrasco!”, gritavam manifestantes diante da passagem do carro fúnebre pelos portões de uma instituição religiosa na localidade de Albano Laziale, conforme mostraram imagens de TV.
O corpo de Priebke seria levado de volta a Roma para ser cremado. O prefeito da capital, o centro-esquerdista Ignazio Marino, disse que o sepultamento de Priebke na capital seria um insulto.
O governo da Argentina, onde ele se refugiou depois da guerra, também se recusou a receber o corpo, assim como a prefeitura de Henningsdorf, cidade natal dele, perto de Berlim. Lá, as autoridades temiam que o túmulo se tornasse um local de peregrinação para neonazistas.