Um dia após a publicação de um comunicado no qual a Renamo ameaça retornar à guerra, o seu porta-voz, Fernando Mazanga, veio a público afirmar que partido está a lutar pela inclusão e desenvolvimento económico.
Para a “Perdiz”, nos dias que correm a luta deve ser guiada no sentido de se encontrar a “fórmula de inclusão” dos moçambicanos no gozo das riquezas de que o país dispõe. “Os dias de hoje são para a luta pelo desenvolvimento económico, através da exploração racional e transparente dos recursos naturais”, disse Mazanga, em Maputo.
Na ocasião, o membro sénior da Renamo, que falava numa conferência de imprensa, explicou que as armas, na posse do seu partido, são para a sua auto-defesa e da população moçambicana contra “aqueles que ainda acreditam na força das armas como solução para qualquer tipo de problema”, numa clara alusão ao Governo moçambicano.
“Aqueles que em plena era da revolução das novas tecnologias de comunicação ainda concentram mais de 700 homens equipados com armamento pesado, transportados em BTRs, no distrito de Dondo, com objectivo de atacar a segurança da Renamo, mostram que estão parados no tempo, pois, esta era não se compadece com o uso das armas”, afirma Mazanga.
Entretanto, estes pronunciamentos acontecem um dia após a publicação, no matutino Notícias, de um comunicado da Renamo na qual este, num tom que revela uma ameaça de retorno à guerra afirma estar disponível para mais um sacrifício de 16 anos de luta pela democracia.