As cerca de 50 empresas espanholas que operam no mercado moçambicano aplicaram, nos últimos três anos, cerca de USD 35 milhões, o equivalente a pouco mais de um bilião de meticais, em vários projectos ligados aos sectores de infra-estruturas, pescas e agricultura.
O montante coloca a Espanha no grupo de 10 principais países do mundo com maior volume de investimento em Moçambique, segundo Amélia Nakhare, vice-ministra da Planificação e Desenvolvimento, falando esta quartafeira, em Maputo, durante o encontro empresarial Moçambique-Espanha.
O evento juntou representantes de 35 empresas espanholas dos sectores de Energia, Meio Ambiente, Águas e Infra-estruturas de Transporte, bem como agentes económicos nacionais interessados em estabelecer parcerias com firmas daquele país europeu.
O encontro tinha como objectivo facilitar a identificação de oportunidades de investimento de empresas espanholas em Moçambique, país que é cada vez mais cobiçado por investidores de quase todo o mundo devido à presença de gás natural e outros recursos naturais importantes para a economia mundial.
A delegação espanhola ao encontro foi chefiada pela conselheira delegada do Instituto Espanhol do Comércio Exterior (ICEX), Maria Coriseo González-Izquierdo, que na ocasião anunciou a disponibilização pelo seu país de 75 milhões de euros para apoiar projectos hispano-moçambicanos no país.
Refira-se que o sector ferroviário espanhol está presente nos cinco continentes e Espanha conta com a segunda rede mais extensa de alta velocidade do mundo e a primeira a nível da Europa.
Por essa razão, o ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, convidou as firmas espanholas a aproveitarem as “excelentes” oportunidades de investimento para construção e/ou modernização da rede ferroviária moçambicana, por ser uma “área com cada vez maior importância para o escoamento dos vários recursos naturais estratégicos recentemente desco- bertos no país”, salientou o governante.