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A sindicalização na Função Pública é um imperativo nacional

A sindicalização na Função Pública é um imperativo nacional, por isso, o Governo deve aprovar a lei de regula o exercício sindical neste sector para que quando as pessoas quiserem reivindicar qualquer coisa o façam com regras e não da forma como os médicos fizeram, defendeu na última sexta-feira (13) o secretário-geral da Organização dos Trabalhadores de Moçambique-Central Sindical (OTM-CS), Alexandre Munguambe.

Munguambe falava no distrito de Manjacaze, na província de Gaza, na cerimónia de homenagem a Augusto Macamo, fundador da OTM-CS, tendo apontado como exemplo os moldes em que foi levada a cabo a recente greve dos profissionais da saúde como sendo resultado da falta duma lei que regula a realização de greves na Função Pública.

Este sindicalista defendeu ainda que para a realização duma greve é preciso uma análise prévia das consequências que desta possam advir, estratégia e formação, pois na sua visão a greve é o último recurso, depois de esgotadas todas as possibilidades de negociação.

“A greve não é para destruição. É preciso garantir os serviços mínimos em qualquer unidade de trabalho e garantir também que não haja sabotagem. A greve quando feita da forma como foi feita pelos médicos nunca dá resultados positivos. Primeiro a greve tem de ter apoio da sociedade civil, procurar parceiros para se solidarizarem com a causa. Em segundo lugar, é preciso ter o controlo dos grevistas, isto é, como é controlar os grevistas, quando ordenamos o início duma greve e quando mandamos parar, este elemento é fundamental” defendeu.

Munguambe foi longe ainda ao afirmar que as greves não devem ser prolongadas, pois saturam as pessoas. E antes de ir à greve é preciso saber quais são as entidades e individualidades que podem ajudar a resolver o problema sem precisar de recorrer à greve, porque esta começa, mas quando termina há clivagens nas empresas.

Para Munguambe é preciso analisar primeiro a possibilidade de evitar uma greve, pautando pelo diálogo e ver quem são as individualidades ou entidades que podem ajudar a reivindicar os direitos dos trabalhadores sem ter que ir à greve.

A cerimónia de homenagem a Augusto Macamo foi realizada pelo Comité Nacional do Jovem Trabalhador da OTM-CS, em forma de excursão, e contou com a participação de cerca de 500 pessoas, incluindo a população local e jovens provenientes do Sul, Centro e Norte do país. Para além da homenagem, era igualmente objectivo destes jovens buscar de Macamo a experiência sindical, mais concretamente a parte didáctica sobre liderança sindical.

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