Cerca de 200 operadores da linha do cliente da empresa de telefonia móvel, Movitel, paralisaram as suas actividades na manhã desta segunda-feira (02) em protesto a irregularidades cometidas pelo patronato.
O grupo reivindica, entre outras coisas, o aumento de 100 porcento sobre o salário que auferem actualmente, a melhoria das condições de trabalho, bem como do relacionamento entre os gestores da empresa e os colaboradores.
Os trabalhadores acusam o patronato de incumprimento das promessas feitas em relação ao aumento progressivo dos salários, da regularização dos contratos e da inviabilização da criação de um comité sindical.
Os operadores da linha do cliente queixam-se ainda de frequentes rescisões de contratos de trabalhadores que por alguma razão se atrasam ao serviço. Em caso de reclamação a respeito de algo que não vai bem a resposta tem sido: “não importa, se não estas bem aqui podes ir embora que amanhã encontraremos alguém para ocupar o seu lugar”.
Os trabalhadores queixam-se da carga horária e labutam com um equipamento que pode comprometer a sua audição, uma vez que permanecem oito horas por dia com auriculares e não têm assistência médica. Há casos de funcionários que trabalham das 14h:00 às 22h:00 e, no dia seguinte, entram às 06h:00.
Entretanto, ainda nesta segunda-feira (02), a direcção , os representantes dos trabalhadores e a Direcção de Trabalho da Cidade de Maputo mantiveram um encontro que culminou com o regresso dos operadores da linha do cliente aos postos de trabalho, porém, prevalecem alguns pontos por ultrapassar.