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Boko Haram mata 24 membros de grupo de autodefesa na Nigéria

Pelo menos 24 membros de um grupo de autodefesa, composto por jovens que ajudavam a Força Militar Conjunta (JTF) a perseguir os membros da seita extremista nigeriana “Boko Haram” foram mortos numa emboscada sexta-feira à noite por agentes desta última no Estado de Borno, no norte do país, noticiou a imprensa local domingo.

A imprensa revela que pelo menos 36 membros do grupo de autodefesa, denominado ”JTF Civils”, desapareceram depois da emboscada na cidade de Monguno, a cerca de 160 quilómetros de Maiduguri, a capital do Estado. “O grupo composto por 100 jovens efetuava uma missão para capturar alguns terroristas da Boko Haram no seu campo perto das aldeias de Kaleri, Shuwari, Maganari e Nannaans, quando caíram numa emboscada montada pelos terroristas cujo balanço se estimava em 24 mortos entre os jovens e 36 dados como desaparecidos”, indicou o jornal local “Thisday”.

A JTF preveniu o grupo de jovens contra a perseguição dos membros da seita sem uma escolta militar porque estes preparavam represálias e mataram vários dos seus membros. Contudo, depois de ter esperado em vão sexta-feira a escolta militar, os jovens decidiram invadir os campos para tentar capturar os membros da seita. “Eles (os membros da seita) vestiam uniformes de camuflagem do Exército e tinham três veículos militares capturados estacionados perto deles, o que enganou os jovens que acreditaram que o Exército já tinha atacado os campos.

Os terroristas dispararam quando se aproximaram dos campos, matando imediatamente cerca de 15 jovens do grupo JTF Civils. Mas nove deles que não atingidos por balas foram atropelados pelos veículos”, sublinha o jornal.

O grupo JTF Civils nasceu depois do estado de emergência decretado em maio passado pelo Presidente Jonathan nos três Estados mais afetados pela violência cometida pela seita e o desdobramento maciço de tropas. Boko Haram, que significa “educação ocidental é um sacrilégio”, em língua local haousa, fez mais de três mil mortos em ataques armados ou atentados desde 2009, quando iniciou a sua campanha violenta. A seita diz lutar pela instauração de um Estado islâmico neste país laico de 167 milhões de habitantes.

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