– Os Malianos votam este domingo para a segunda volta das presidenciais determinante para a restauração dum Governo democraticamente eleito depois de destituído por um golpe de Estado militar em março de 2012, seguido pela tomada de amplas localidades do norte deste país por islamitas e separatistas, constatou-se no local.
O voto começou oficialmente por volta das 08 horas (TMG) e põe em competição os dois principais candidatos mais votados no termo da primeira volta do escrutínio de 28 de julho passado, designadamente o ex-primeiro-ministro, Ibrahim Boubacar Keita, da Coligação para o Mali, e Soumaila Cissé, antigo ministro das Finanças, sob a bandeira da União para a República e Democracia.
Favorito, Keita obteve 39,59 porcento dos votos na primeira volta contra 19,34 porcento para Cissé que denuncia irregularidades durante a primeira volta e pretende fazer uma surpresa na segunda volta.
A taxa de participação da primeira volta ronda os 51,5 porcento, ou seja a mais elevada desde o regresso da democracia a este país em 1991.
Condições pacíficas para um escrutínio calmo foram criadas pela França que desdobrou cerca de três mil soldados no Mali e contribuiu para libertar o norte do país em consonância com a Missão Internacional Africana de Apoio ao Mali (AFISMA, sigla em inglês), transformada a 1 de julho de 2013 numa Missão Multidimensional Integrada de Estabilização das Nações Unidas (MINUSMA) que deverá contribuir com 12 mil e 600 elementos no Mali.
Para a segunda volta das presidenciais, a MINUSMA ajudou as autoridades eleitorais nacionais a encaminharem o material eleitoral para zonas recônditas do norte, nomeadamente em Tombouctou, Gao, Kidal e Mopti, e organizou um comboio aéreo para Nema (Mauritânia) a fim de entregar cartões de eleitor aos refugiados malianos que vivem em campos, afirmou um porta-voz das Nações Unidas, Farhan Haq.
