Pelos menos 300 mil pessoas ainda sofrem de carência de alimentos em Moçambique, indicou o Governo, esta terça-feira (23) após o Conselho de Ministro.
O vice-ministro de Agricultura, António Limbau, que falava na qualidade de porta-voz do Executivo, o número avançado representa uma redução de menos da metade, pois em 2007, a vulnerabilidade atingia 520 mil pessoas, facto que se deveu à implementação da estratégia de segurança alimentar actualmente em vigor no país.
Limbau apontou igualmente que o país registou progressos no que diz respeito ao número de distritos que se debatiam com problemas de carência alimentar: há cinco anos havia 53 distritos em situação de vulnerabilidade, contra os actuais 21. “O desejável era que não tivéssemos nenhum distrito nessa situação, mas sentimos que há uma evolução”.
Ainda no âmbito da implementação daquela estratégia diminuiu para um mês o tempo de carência de alimentos no intervalo de uma colheita para outra, que outrora era de seis meses.
Sobre a desnutrição crónica, que afecta maior parte da população moçambicana, especialmente crianças com menos de cinco anos, Limbau disse que houve avanços, mas “muitos tímidos e ainda estamos numa situação considerada de emergência porque os indicadores ainda precisam ser melhorados”.
Um projecto desenhado em 2011 prevê a redução dos casos de desnutrição dos actuais 43 porcento para 30 em 2015. A estratégia em causa foi desenhada em 2007 como continuação de da 1998. E tem como principal objectivo reduzir o índice de insegurança alimentar a desnutrição em Moçambique para metade.
Em 2008, ano em que começou a ser implementado projecto em causa, a insegurança que rondava os 35 porcento e a meta era reduzir para 18 porcento. No mesmo período a desnutrição situava-se em 40 porcento e pretendia-se reduzir para 20 porcento. Com a implementação desta estratégia, o Governo pretende garantir que haja alimentação que vá ao encontro das necessidades nutricionais da população.